• Baleia-comum (𝐵𝑎𝑙𝑎𝑒𝑛𝑜𝑝𝑡𝑒𝑟𝑎 𝑝ℎ𝑦𝑠𝑎𝑙𝑢𝑠)

    A baleia-comum é a segunda maior espécie de cetáceo, apenas ultrapassada pela baleia azul. Esta espécie pode atingir os 24 metros de comprimento e pesar 75 toneladas. A sua coloração varia entre o cinzento-claro e o preto-acastanhado no dorso, apresentando um ventre claro com cerca de 50 a 100 pregas ventrais. A principal característica diagnosticante desta espécie é a coloração assimétrica da cabeça. O lábio direito apresenta uma coloração branca enquanto o esquerdo apresenta a coloração do dorso. As barbas desta espécie também apresentam uma coloração variável.

        

    Estatuto de conservação - IUCN:       

        

    Estatuto de conservação - Portugal continental:

    A baleia-comum é um animal bastante veloz para o seu tamanho podendo atingir velocidades em torno dos 37 km/h, o que faz desta espécie uma das mais rápidas entre as baleias de grande porte. Ao contrário da maioria das baleias de grande porte, a baleia-comum é uma espécie sociável sendo frequentemente observada em pequenos grupos constituídos por 2-7 indivíduos.

        

    Alimentação: Quando se alimenta, esta espécie pode reunir-se em grupos com mais de 100 animais. O seu principal alimento são pequenos crustáceos (krill), assim como ocasionalmente pequenos peixes pelágicos e cefalópodes (lulas).

        

    Reprodução: A reprodução no hemisfério norte ocorre sobretudo nos meses de dezembro a fevereiro. A gestação tem uma duração aproximada de 11 meses. À nascença as crias medem cerca de 7 metros de comprimento e podem pesar até 1,5 toneladas. O desmame ocorre entre os 6 e 7 meses após o nascimento, altura em que a cria atinge cerca de 12 metros de comprimento. O crescimento desta espécie é bastante rápido nos primeiros tempos após o nascimento, atingindo 95% do seu tamanho em adulto durante os primeiros 9 a 13 anos de vida. A maturidade sexual é atingida por volta dos 7 a 8 anos de vida para as fêmeas e entre os 6 a 7 anos no caso dos machos.

    Distribuição Mundial: A baleia-comum é uma espécie cosmopolita, apresentando uma distribuição bastante alargada. Pode ser encontrada desde as regiões tropicais, onde é pouco frequente, até às regiões polares. Ao largo da costa europeia, esta espécie realiza por norma migrações, deslocando-se para norte na primavera e no sentido oposto durante o outono.

        

    Distribuição em Portugal continental: A ocorrência desta espécie ao longo da costa continental portuguesa é esporádica. Contudo, a baleia-comum está presente com maior frequência noutras zonas do território nacional, sendo avistada com regularidade ao largo dos arquipélagos dos Açores e Madeira.

    À semelhança da maioria dos cetáceos de grandes dimensões a baleia-comum está potencialmente sujeita a diversas ameaças como a colisão com navios e a interação com artes de pesca. Para além destas ameaças a bioacumulação de contaminantes também representa uma ameaça para esta espécie.

  • Bencatel, J., Sabino-Marques, H., Álvares, F., Moura, A.E. & Barbosa, A.M. (eds.), 2019. Atlas de Mamíferos de Portugal, 2ª edição. Universidade de Évora, Portugal. 271 pp.

     

  • Ecomare CRAM (2016). Os Cetáceos. Consultado em: 12 set. 2021.

     

  • Jefferson, T.A.; Leatherwood, S.; Webber, M.A. (1993). Marine mammals of the world. FAO Species Identification Guide for Fishery Purposes. UNDP/FAO: Rome. ISBN 92-5-103292-0. VIII, 320 pp.

     

  • OMARE - Observatiório Marinho de Esposende (2021). Baleanoptera physalus (Linnaeus, 1804). Consultado em: 12 set. 2021.

     

  • Perrin, W. F., Wursig, B., & Thewissen, J. G. M. (2009). Encyclopedia of Marine Mammals. In Encyclopedia of Marine Mammals.

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