A orca apresenta uma coloração negra com uma mancha branca atrás de cada olho, face ventral branca com um divertículo na região anal que se estende até aos flancos. As fêmeas desta espécie podem atingir os 8,5 metros de comprimento e pesar 7,5 toneladas enquanto os machos atingem dimensões superiores, podendo medir 9,8 metros e pesar 10 toneladas. A barbatana dorsal é grande (90 centímetros nas fêmeas e mais de 2 metros nos machos). O formato da barbatana dorsal varia entre machos (mais triangular e bicuda) e fêmeas (mais curva e menos bicuda).
Estatuto de conservação - IUCN:
Estatuto de conservação - Portugal continental:
A orca é o maior dos delfinídeos. As orcas são animais bastante sociáveis formando grupos bastante coesos com uma estrutura tipicamente matriarcal.
Alimentação: Alimenta-se de uma grande variedade de presas, desde peixes, cefalópodes, tubarões, focas, e outros cetáceos, incluindo grandes baleias. Utiliza diversas estratégias de caça em grupo, que variam com o tipo de presa e entre diferentes populações desta espécie.
Reprodução: No Atlântico nordeste, as crias nascem durante todo o ano, com pico desde o fim de outubro a meio do inverno. A gestação dura entre 15 a 18 meses, atingindo os indíviduos a maturidade sexual entre os 10 e 15 anos.
Distribuição Mundial: A orca é possivelmente a espécie mais cosmopolita dos cetáceos. Esta espécie apresenta uma distribuição bastante abrangente, estando presente em todos os oceanos, podendo ainda ser observada em estuários. No Atlântico norte e Mediterrâneo esta espécie segue as rotas de migração de peixes como o arenque e o atum.
Distribuição em Portugal Continental: A orca é avistada, de forma geral, ao longo de todo o território continental. Os avistamentos mais comuns ocorrem durante os meses de junho e julho ao largo da costa sul algarvia, assim como junto aos arquipélagos da Madeira e dos Açores. Ocasionalmente tem sido observada ao largo da costa oeste continental, principalmente em águas oceânicas, onde interage com frequência com barcos de palangre.
Existem vários fatores de ameaça a esta espécie, desde interações com artes de pesca, colisão com embarcações, e a captura para cativeiro. Recentemente, altos níveis de contaminantes e poluição acústica, têm sido identificados como possíveis ameaças a esta espécie.