O golfinho-comum atinge um tamanho máximo de 2,6 metros podendo pesar 135 kg. Esta espécie apresenta um bico alongado com cerca de 40 a 61 pares de dentes por mandíbula. O seu flanco apresenta por norma um padrão em forma de ampulheta, com a parte anterior do flanco amarela e a parte posterior cinzenta, existindo uma mancha escura de forma triangular abaixo da barbatana dorsal. O dorso apresenta uma coloração cinzenta-escura, sendo o ventre claro.
Estatuto de conservação - IUCN:
Estatuto de conservação - Portugal continental:
O golfinho-comum é uma espécie de cetáceo bastante sociável podendo formar grupos de diversas centenas de indivíduos, muitas vezes em conjunto com outras espécies de cetáceos. É um nadador rápido e ágil, que frequentemente é avistado a saltar ou a acompanhar embarcações, emitindo por vezes vocalizações que podem ser ouvidas à superfície pelo observador.
Alimentação: As principais presas do golfinho-comum são pequenos peixes pelágicos e cefalópodes. Na costa portuguesa uma das suas principais presas é a sardinha. Os golfinhos-comuns alimentam-se com frequência em grupo aplicando estratégias conjuntas para capturar as presas.
Reprodução: No Atlântico nordeste o acasalamento desta espécie ocorre de abril a setembro. O período de gestação é de aproximadamente 1 ano pelo que as crias nascem também durante a primavera e o verão. A cria é totalmente dependente da mãe para se alimentar durante os primeiros 3 a 6 meses de vida, altura em que ocorre o desmame. Esta espécie apresenta uma esperança média de vida de 30 anos, atingindo a maturidade sexual por volta dos 12 anos de idade (machos) e 8 anos (fêmeas).
Distribuição Mundial: A distribuição desta espécie é bastante alargada, sendo encontrado nas regiões temperadas e tropicais, por norma entre as latitudes 55ºN e 50ºS.
Distribuição em Portugal Continental: O golfinho-comum é a espécie de cetáceo mais abundante nas águas nacionais, podendo ser observado ao largo do território continental durante todo o ano, contudo os seus padrões de migração ao longo do território nacional ainda não são totalmente conhecidos.
Esta espécie enfrenta diversas ameaças como a bioacumulação, a poluição acústica, a colisão com embarcações e a interação com artes de pesca, sendo esta última a principal ameaça ao golfinho-comum. As interações com artes de pesca resultam frequentemente em ferimentos ou mesmo na morte destes animais. Para além disso, a atividade piscatória pode ainda contribuir para alterações na abundância e distribuição das suas presas.