Esta espécie é geralmente reconhecida pela presença de 2 finas riscas de coloração preta ou cinzenta-escura a partir do olho. A inferior perlonga-se até à barbatana peitoral e a superior até à região anal. Apresenta um bico relativamente longo. O padrão de coloração nos flancos é bastante distinto, com uma coloração mais clara que vai desde a área da cabeça até à zona abaixo da barbatana dorsal. A zona dorsal é escura, em contraste com a zona lateral e ventral que apresenta uma cor mais clara.
Estatuto de conservação - IUCN:
Estatuto de conservação - Portugal continental:
O golfinho-riscado tende a habitar águas profundas com grandes variações sazonais de temperatura. Forma grandes grupos, sendo frequentemente observado associado a outras espécies nomeadamente, o golfinho-comum e o roaz-corvineiro. Estima-se que esta espécie pode chegar aos 57 anos de idade. Estes animais são bastante acrobáticos, realizando um comportamento conhecido por roto-tailing durante o qual estes animais saltam fora da água rodando a cauda em círculos.
Alimentação: A dieta desta espécie é variada, embora consuma principalmente lulas e pequenos peixes que captura a grandes profundidades, mergulhando geralmente entre os 200 e 700 metros para se alimentar.
Reprodução: Apresenta um período de gestação de 12 a 13 meses. No Mediterrâneo os nascimentos ocorrem tipicamente desde o final do verão até ao outono. Os machos atingem a maturidade sexual entre os 7 e os 15 anos de idade, enquanto as fêmeas atingem a mesma entre os 5 e os 13 anos de idade.
Distribuição Mundial: Esta espécie apresenta uma distribuição ampla, habitando águas temperadas do oceano Atlântico, Pacífico e Índico, incluindo também mares adjacentes como é o caso do mar Mediterrâneo. Tipicamente é encontrada em águas oceânicas, zonas profundas, afastadas da costa.
Distribuição em Portugal Continental: O golfinho-riscado em Portugal continental, é usualmente avistado em águas para além da plataforma continental, onde substitui o golfinho-comum como a espécie mais avistada, contudo esta espécie é avistada com mais frequência junto aos arquipélagos dos Açores e Madeira.
Como principais ameaças encontram-se as interações com pesca, e a poluição. A caça a esta espécie é também um fator de ameaça em águas japonesas. Em território português, a observação de cetáceos é identificada como uma potencial ameaça especialmente ao largo da Madeira e dos Açores.