A tartaruga-comum apresenta uma cabeça grande comparativamente ao corpo. Apresenta uma coloração castanho-avermelhada, com a parte ventral do corpo amarela. A sua carapaça é composta habitualmente por 15 escudos - 5 escudos dorsais e duas filas de 5 escudos costais. Estes répteis podem atingir 1,5 metros de comprimento e pesar cerca de 180 kg.
Estatuto de conservação - IUCN:
Estatuto de conservação - Portugal continental:
O ciclo de vida da tartaruga-comum é idêntico ao das restantes espécies de tartarugas marinhas. Após a eclosão dos recém-nascidos estes deslocam-se para o oceano onde são transportados por correntes e outros fenómenos de circulação costeira. Passam os seus primeiros estados de vida junto a plataformas de sargaço, que lhes proporcionam abrigo e alimento. Após esta etapa da sua vida aventuram-se em mar aberto preferindo fundos de lodo ou rocha, deslocando-se posteriormente para junto das praias onde nasceram para se reproduzir. A maturidade sexual desta espécie é atingida em média por volta dos 30 anos. As fêmeas podem colocar cerca de uma centena de ovos por cada postura realizando por norma 3 a 4 posturas por ano, passando de seguida, por um período de até 3 anos sem se reproduzirem.
Alimentação: A tartaruga-comum é uma espécie carnívora, sendo considerada a mais generalista das tartarugas marinhas. Esta espécie apresenta hábitos alimentares distintos ao longo da sua vida, alimentando-se de diversos grupos de animais como peixes bentónicos e pelágicos, crustáceos, cefalópodes e cnidários.
Reprodução: Para as populações do Atlântico nordeste a reprodução ocorre sobretudo no mês de abril.
Distribuição Mundial: A tartaruga-comum tem uma distribuição mundial ao longo das regiões subtropicais e temperadas, sendo observada no oceanos Pacifico, Índico e Atlântico, bem como no mar Mediterrâneo.
Distribuição em Portugal Continental: Embora seja observada com relativa frequência ao largo do arquipélago da Madeira e dos Açores, ao largo de Portugal continental esta espécie é apenas observada ocasionalmente. A costa continental funciona como ponto de passagem para indivíduos provenientes do Atlântico norte e do Mediterrâneo.
A nível mundial uma das principais ameaças a esta espécie é a destruição de locais de nidificação e a destruição de ninhos para captura dos seus ovos. Em águas nacionais os principais problemas para esta espécie passam pela captura acidental em artes de pesca, assim como a interação com lixo marinho, quer por ingestão quer por enredamento.