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15.12.2022 | Arrojamentos detetados na costa alentejana em 2022

     Durante o ano de 2022, a equipa do projeto ARROJAL recebeu diversos alertas para a presença de animais arrojados ao longo da sua área de atuação. Até ao momento, a equipa deu resposta a 34 alertas de arrojamento, pertencentes a 7 espécies distintas, 4 Odontoceti, o golfinho-comum (𝐷𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑛𝑢𝑠 𝑑𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑠), o boto (𝑃ℎ𝑜𝑐𝑜𝑒𝑛𝑎 𝑝ℎ𝑜𝑐𝑜𝑒𝑛𝑎), o golfinho-roaz (𝑇𝑢𝑟𝑠𝑖𝑜𝑝𝑠 𝑡𝑟𝑢𝑛𝑐𝑎𝑡𝑢𝑠) e o golfinho-riscado (𝑆𝑡𝑒𝑛𝑒𝑙𝑙𝑎 𝑐𝑜𝑒𝑟𝑢𝑙𝑒𝑜𝑎𝑙𝑏𝑎); 1 Mysticeti, a baleia-comum (𝐵𝑎𝑙𝑎𝑒𝑛𝑜𝑝𝑡𝑒𝑟𝑎 𝑝ℎ𝑦𝑠𝑎𝑙𝑢𝑠) e 1 réptil marinho, a tartaruga-comum (𝐶𝑎𝑟𝑒𝑡𝑡𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑒𝑡𝑡𝑎). Para três dos alertas recebidos, não foi possível identificar a espécie, devido ao estado de decomposição dos animais. A equipa do projeto ARROJAL gostaria de agradecer a todas as entidades que participaram e contribuíram na deteção e na resposta aos arrojamentos.

08.12.2022 | Workshop Mamíferos e Tartarugas Marinhas – Aveiro

     Esta semana, a equipa do projeto ARROJAL marcou presença no “Workshop Mamíferos e Tartarugas Marinhos”, organizado pela Rede Regional de Arrojamentos do Norte, em Aveiro. Este workshop foi marcado pela comparência de todas as Redes Regionais de Arrojamento, de forma telemática ou presencial, e teve como propósito divulgar os resultados relativos aos arrojamentos respondidos por cada rede, durante o ano de 2022. O workshop possibilitou a partilha de opiniões e conhecimentos entre as diferentes Redes Regionais, o que é essencial para que exista um padrão de resposta idêntico a nível nacional e uma melhor coordenação entre as mesmas. Queremos agradecer à equipa da Rede Regional de Arrojamentos do Norte pelo seu convite!

01.12.2022 | Arrojal no terreno #21

    🇵🇹 Na passada semana, dia 23 de novembro, a equipa do projeto ARROJAL foi alertada para a presença de dois animais arrojados na praia do Cortiço, concelho de Santiago do Cacém. Ao chegar ao local, a equipa identificou os animais como sendo um golfinho-comum (𝐷𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑛𝑢𝑠 𝑑𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑠), com aproximadamente 2m, e um boto (𝑃ℎ𝑜𝑐𝑜𝑒𝑛𝑎 𝑝ℎ𝑜𝑐𝑜𝑒𝑛𝑎), macho, com cerca de 1,2m de comprimento. No dia 25, a equipa recebeu um novo alerta para a presença de um animal arrojado na praia de Melides, concelho de Grândola, desta vez um boto, macho, com cerca de 1,6 m de comprimento. Foram recolhidas diversas amostras dos animais, no local, que integram agora o Banco Nacional de Tecidos de Animais Marinhos.O avançado estado de decomposição destes animais não permitiu determinar a causa de morte.

24.11.2022 | Golfinhos-roazes do estuário do Sado

     Em Portugal continental, o golfinho-roaz (𝑇𝑢𝑟𝑠𝑖𝑜𝑝𝑠 𝑡𝑟𝑢𝑛𝑐𝑎𝑡𝑢𝑠) pode ser observado frequentemente ao longo de toda a costa. Esta espécie é sobretudo conhecida pela população residente que se alimenta e reproduz no interior e na zona marinha adjacente à Reserva Natural do Estuário do Sado. Esta população residente é monitorizada desde 1986, tendo sido nesse ano identificados cerca de 40 indivíduos. No ano de 2020, a população contava apenas com 27 indivíduos. Apesar do seu estatuto de conservação de Pouco Preocupante, atribuído pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), a população residente do estuário do Sado requer uma maior atenção. Para além de ser das poucas populações residentes existentes na Europa, esta tem vindo a sofrer um declínio no número de indivíduos, pelo que têm sido desenvolvidas ações de conservação tais como o “Plano de Acção para a salvaguarda e monitorização da população de Roazes no estuário do Sado”. Desde o início do projeto ARROJAL, a equipa já deu resposta a um arrojamento de um golfinho-roaz que pertencia a esta população residente. Consulta o site www.icnf.pt/biodiversidade/gb/roazesdosado para saberes mais informações sobre a população residente de golfinhos-roazes do estuário do Sado.

17.11.2022 | Comprimento à nascença vs. Comprimento em adulto

     Os cetáceos são um grupo de mamíferos marinhos de dimensões muito variáveis. Ao longo da nossa costa podemos observar espécies como a baleia-comum (𝐵𝑎𝑙𝑎𝑒𝑛𝑜𝑝𝑡𝑒𝑟𝑎 𝑝ℎ𝑦𝑠𝑎𝑙𝑢𝑠) que pode atingir os 24 metros de comprimento e como o boto (𝑃ℎ𝑜𝑐𝑜𝑒𝑛𝑎 𝑝ℎ𝑜𝑐𝑜𝑒𝑛𝑎), que por norma não ultrapassa os 2 metros de comprimento. As diferenças de tamanho também podem ser observadas à nascença. No caso dos cetáceos com barbas, como a baleia-comum e a baleia-anã (𝐵𝑎𝑙𝑎𝑒𝑛𝑜𝑝𝑡𝑒𝑟𝑎 𝑎𝑐𝑢𝑡𝑜𝑟𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎), as crias podem medir à nascença cerca de 6,5 e 2,8 metros de comprimento, respetivamente. No caso dos cetáceos com dentes, como o golfinho-comum (𝐷𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑛𝑢𝑠 𝑑𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑠) e o boto, as crias podem alcançar os 0,9 metros. A grande dimensão das crias relativamente ao tamanho dos adultos (25-45%), é um dos motivos pelo qual nascimentos múltiplos de crias são eventos raros. Consulta a infografia para saberes um pouco mais sobre os diferentes tamanhos registados de alguns dos cetáceos mais comuns na nossa costa!

10.11.2022 | Tempo de apneia

    

     Os cetáceos apresentam diversas adaptações morfológicas e fisiológicas que lhes permitem passar grande parte da sua vida submersos, sustendo a respiração durante o mergulho, ou seja, em apneia. O tempo em apneia dos cetáceos é variável e pode estar relacionado, entre outros fatores, com a idade e a espécie dos indivíduos. As crias, durante a fase inicial da sua vida, passam grande parte do tempo mais perto da superfície, realizando mergulhos mais curtos, quando comparados a adultos da mesma espécie. Existem espécies, como o cachalote (𝑃ℎ𝑦𝑠𝑒𝑡𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑐𝑟𝑜𝑐𝑒𝑝ℎ𝑎𝑙𝑢𝑠) e o zífio (𝑍𝑖𝑝ℎ𝑖𝑢𝑠 𝑐𝑎𝑣𝑖𝑟𝑜𝑠𝑡𝑟𝑖𝑠) que conseguem permanecer em apneia por períodos superiores a 60 minutos, enquanto outras espécies, como o golfinho-comum (𝐷𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑛𝑢𝑠 𝑑𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑠) e o golfinho-roaz (𝑇𝑢𝑟𝑠𝑖𝑜𝑝𝑠 𝑡𝑟𝑢𝑛𝑐𝑎𝑡𝑢𝑠), apresentam tempos máximos em apneia de cerca de 6 minutos. Consulta a infografia para saberes um pouco mais sobre os tempos máximos em apneia registados de alguns dos cetáceos mais comuns na nossa costa!

03.11.2022 | Evolução dos cetáceos

    

     Os cetáceos são uma ordem de mamíferos marinhos que terão surgido há cerca de 50 milhões de anos. Apesar de atualmente os cetáceos serem exclusivamente aquáticos, os seus primeiros antepassados eram terrestres. As diversas adaptações evolutivas ao meio aquático estão bem documentadas no registo fóssil. Adicionalmente, podemos observar algumas características do seu passado terrestre durante o desenvolvimento embrionário e nos primeiros estágios de vida dos cetáceos modernos. São exemplos dessas características, o desenvolvimento embrionário dos membros posteriores e a presença de bigodes em embriões e recém nascidos. A locomoção foi um dos processos que mais alterações sofreu ao longo da evolução dos cetáceos. Durante a transição para o meio aquático, os antepassados dos cetáceos modernos realizavam a sua locomoção sobretudo através dos membros posteriores, tendo sido estes gradualmente substituídos pelo pedúnculo e barbatana caudal. Atualmente, o desenvolvimento dos membros posteriores pode ainda ser observado nos embriões dos cetáceos modernos, apesar destes não apresentarem membros posteriores externos. O desaparecimento do pelo, revestimento característico dos mamíferos, ao longo da evolução dos cetáceos, surgiu como uma possível adaptação ao meio aquático para reduzir o atrito e melhorar a locomoção. Atualmente é possível observar pelos (bigodes) em embriões e cetáceos recém-nascidos que desaparecem pouco tempo após o nascimento.

27.10.2022 | Atividade de divulgação científica - Projeto Sénior de Artes e Saberes

    

     Esta semana, a equipa do projeto ARROJAL realizou mais uma atividade de divulgação científica, desta vez para o Projecto Sénior de Artes e Saberes de Sines - PROSAS. Foi uma manhã bem passada, onde demos a conhecer o que são mamíferos e répteis marinhos, o projeto ARROJAL e também a Rede Nacional de Arrojamentos. Obrigado ao PROSAS por nos receber e a todos os que estiveram presentes!

20.10.2022 | Ação de formação em Necropsias – Aveiro

    

     A equipa do projeto ARROJAL participou esta semana numa ação de formação com a Resgate Animais Marinhos - Mamíferos e Tartarugas no EcoMare, em Aveiro. Esta formação permitiu adquirir novos conhecimentos e técnicas na realização de necropsias a cetáceos. A partilha de conhecimentos entre as diferentes redes regionais é essencial para a criação de um padrão de resposta a arrojamentos idêntico a nível nacional. Queremos agradecer à equipa da Rede Norte por nos terem recebido e por todo o conhecimento partilhado!

13.10.2022 | Atividade de divulgação científica - Feira do Mar

    

     A equipa do projeto ARROJAL marcou presença na 5ª edição da Feira do Mar, em Sines, durante o dia de hoje, com a atividade “Mamíferos e Répteis marinhos - O que são e porque dão à costa?”. A atividade permitiu dar a conhecer aos alunos do 5.º ano da Escola Básica Vasco da Gama de Sines o que são mamíferos e répteis marinhos e como se deve proceder caso se encontre um destes animais arrojado na praia ou orla costeira. Obrigado ao Sines Tecnopolo e à Câmara Municipal de Sines pelo convite e a todos os que estiveram presentes!

06.10.2022 | Principais diferenças entre a tartaruga-de-couro e a tartaruga-comum

    

     A tartaruga-comum (𝐶𝑎𝑟𝑒𝑡𝑡𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑒𝑡𝑡𝑎) e a tartaruga-de-couro (𝐷𝑒𝑟𝑚𝑜𝑐ℎ𝑒𝑙𝑦𝑠 𝑐𝑜𝑟𝑖𝑎𝑐𝑒𝑎) são as espécies de tartarugas marinhas mais avistadas ao longo da costa continental portuguesa. A tartaruga-comum pertence à família Cheloniidae, enquanto que a tartaruga-de-couro, atualmente, é a única espécie da família Dermochelydae. Estas espécies podem ser distinguidas através da sua coloração, tamanho e outras características morfológicas. Na infografia estão representadas as suas principais características!

29.09.2022 | Tartarugas marinhas ao longo da costa portuguesa

    

     As tartarugas marinhas são répteis que podem ser avistados ao longo de toda a costa portuguesa. A nível mundial estão descritas, atualmente, 7 espécies de tartarugas marinhas. Destas, apenas 5 podem ser observadas na nossa costa, a Tartaruga-comum (𝐶𝑎𝑟𝑒𝑡𝑡𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑒𝑡𝑡𝑎), Tartaruga-de-couro (𝐷𝑒𝑟𝑚𝑜𝑐ℎ𝑒𝑙𝑦𝑠 𝑐𝑜𝑟𝑖𝑎𝑐𝑒𝑎), Tartaruga-verde (𝐶ℎ𝑒𝑙𝑜𝑛𝑖𝑎 𝑚𝑦𝑑𝑎𝑠), Tartaruga-de-kemp (𝐿𝑒𝑝𝑖𝑑𝑜𝑐ℎ𝑒𝑙𝑦𝑠 𝑘𝑒𝑚𝑝𝑖𝑖), Tartaruga-de-escamas (𝐸𝑟𝑒𝑡𝑚𝑜𝑐ℎ𝑒𝑙𝑦𝑠 𝑖𝑚𝑏𝑟𝑖𝑐𝑎𝑡𝑎), sobretudo ao largo dos arquipélagos dos Açores e da Madeira. Em Portugal continental, principalmente na região sul, podem ser avistadas com regularidade duas espécies, a Tartaruga-comum e a Tartaruga-de-couro. Desde o início do projeto, a equipa ARROJAL já deu resposta a arrojamentos de ambas as espécies, no litoral alentejano.

22.09.2022 | ARROJAL no Terreno #20

    

     No passado dia 18 de setembro, a equipa do projeto ARROJAL recebeu um alerta para a presença de um animal, morto, arrojado na praia dos Alteirinhos, concelho de Odemira. Ao chegar ao local, a equipa do projeto identificou o animal como sendo um Boto (𝑃ℎ𝑜𝑐𝑜𝑒𝑛𝑎 𝑝ℎ𝑜𝑐𝑜𝑒𝑛𝑎) adulto, macho, com cerca de 1,70 m de comprimento. Foram recolhidas diversas amostras no local, que integram agora o Banco Nacional de Tecidos de Animais Marinhos. A análise realizada ao animal, não permitiu determinar a sua causa de morte. Desde o início do presente ano, a equipa do projeto ARROJAL já respondeu a 5 arrojamentos desta espécie.

15.09.2022 | Alimentação nos cetáceos

    

     Os cetáceos são, na sua maioria, considerados predadores generalistas devido à alta diversidade de presas que são identificadas nos seus conteúdos estomacais. Este é um grupo que preda em diferentes níveis tróficos, alimentando-se de plantas, invertebrados, peixes, aves e mamíferos. Os cetáceos dividem-se em dois grupos, os Odontoceti, caracteristicamente denominados cetáceos com dentes, e os Mysticeti, cetáceos com barbas. Estas características, que os distinguem, têm uma influência direta na alimentação e na diversidade de presas que capturam. Os cetáceos com barbas filtram pequenos cardumes de zooplâncton (krill e copépodes) e, ocasionalmente, alguns animais de maiores dimensões, como peixes e lulas. Os cetáceos com dentes têm uma dieta que varia entre as diferentes espécies. Cetáceos com dentições de menores dimensões, como o Golfinho-comum (𝐷𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑛𝑢𝑠 𝑑𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑠) e o Boto (𝑃ℎ𝑜𝑐𝑜𝑒𝑛𝑎 𝑝ℎ𝑜𝑐𝑜𝑒𝑛𝑎), capturam pequenos cardumes de peixes (sardinhas) e cefalópodes (lulas). Espécies de cetáceos que têm dentes maiores, como o Golfinho-roaz (𝑇𝑢𝑟𝑠𝑖𝑜𝑝𝑠 𝑡𝑟𝑢𝑛𝑐𝑎𝑡𝑢𝑠), incluem presas de dimensões superiores (atum, tainha) na sua dieta. Os crustáceos, os tubarões, as aves, os mamíferos e répteis marinhos, também estão presentes na dieta de algumas espécies deste grupo, como é o caso da Orca (𝑂𝑟𝑐𝑖𝑛𝑢𝑠 𝑜𝑟𝑐𝑎).

08.09.2022 | Longevidade nos cetáceos

    

     A longevidade dos cetáceos varia entre as diferentes espécies. Existem espécies que podem atingir centenas de anos de idade, como é o caso da Baleia-da-groenlândia (𝐵𝑎𝑙𝑎𝑒𝑛𝑎 𝑚𝑦𝑠𝑡𝑖𝑐𝑒𝑡𝑢𝑠), a espécie de cetáceo com a maior longevidade registada, entre 115 a 130 anos. O sexo também pode influenciar a idade máxima dos indivíduos, alcançando as fêmeas, em certas espécies, uma longevidade superior aos machos. A longevidade das espécies de cetáceos que ocorrem na costa continental portuguesa, pode ser bastante variável. Na nossa costa existem espécies que tendem a ter uma longevidade relativamente curta, como é o caso do Boto (𝑃ℎ𝑜𝑐𝑜𝑒𝑛𝑎 𝑝ℎ𝑜𝑐𝑜𝑒𝑛𝑎) (cerca de 10 anos) e espécies que podem alcançar longevidade superior, como a Baleia-comum (𝐵𝑎𝑙𝑎𝑒𝑛𝑜𝑝𝑡𝑒𝑟𝑎 𝑝ℎ𝑦𝑠𝑎𝑙𝑢𝑠) (cerca de 80-90 anos).

08.09.2022 | Longevidade nos cetáceos

    

     A longevidade dos cetáceos varia entre as diferentes espécies. Existem espécies que podem atingir centenas de anos de idade, como é o caso da Baleia-da-groenlândia (𝐵𝑎𝑙𝑎𝑒𝑛𝑎 𝑚𝑦𝑠𝑡𝑖𝑐𝑒𝑡𝑢𝑠), a espécie de cetáceo com a maior longevidade registada, entre 115 a 130 anos. O sexo também pode influenciar a idade máxima dos indivíduos, alcançando as fêmeas, em certas espécies, uma longevidade superior aos machos. A longevidade das espécies de cetáceos que ocorrem na costa continental portuguesa, pode ser bastante variável. Na nossa costa existem espécies que tendem a ter uma longevidade relativamente curta, como é o caso do Boto (𝑃ℎ𝑜𝑐𝑜𝑒𝑛𝑎 𝑝ℎ𝑜𝑐𝑜𝑒𝑛𝑎) (cerca de 10 anos) e espécies que podem alcançar longevidade superior, como a Baleia-comum (𝐵𝑎𝑙𝑎𝑒𝑛𝑜𝑝𝑡𝑒𝑟𝑎 𝑝ℎ𝑦𝑠𝑎𝑙𝑢𝑠) (cerca de 80-90 anos).

01.09.2022 | ARROJAL no Terreno #19

    

     A equipa do projeto ARROJAL recebeu, na passada quinta-feira dia 25 de agosto, um alerta para a presença de um animal morto arrojado na praia da Cova do Lago, Sines. Ao chegar ao local, a equipa do projeto identificou o animal como sendo uma fêmea adulta de golfinho-comum (𝐷𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑛𝑢𝑠 𝑑𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑠) com cerca de 2 metros de comprimento. A necropsia, realizada em laboratório, permitiu identificar indícios compatíveis com uma possível morte por captura acidental em artes de pesca, tais como, marcas externas causadas possivelmente por redes de pesca. A necropsia permitiu recolher ainda diversas amostras que integram agora o Banco Nacional de Tecidos de Animais Marinhos.

25.08.2022 | ARROJAL no Terreno #18

    

     No passado dia 15 de agosto, a equipa do projeto ARROJAL registou pela primeira vez, desde o início do projeto, o arrojamento de uma Tartaruga-comum (𝑪𝒂𝒓𝒆𝒕𝒕𝒂 𝒄𝒂𝒓𝒆𝒕𝒕𝒂). Em Portugal continental, a Tartaruga-comum é uma das espécies de répteis marinhos que regista maior número de arrojamentos, ocorrendo a sua maioria na costa sul. A Tartaruga-comum pode atingir 1,5 metros de comprimento e pesar cerca de 180 kg, apresenta uma coloração castanho-avermelhada na região dorsal e amarelada na região ventral. A sua carapaça é, habitualmente, composta por 15 escudos (5 escudos costais e 10 laterais). A nível mundial, esta espécie encontra-se classificada pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) como Vulnerável. A tartaruga arrojada, a norte da praia do Carvalhal, Grândola, tratava-se de um indivíduo adulto com cerca de 1,1 metros de comprimento. A análise feita ao animal não permitiu determinar a sua causa de morte. Agradecemos a colaboração da Câmara Municipal de Grândola e da Seagull Rescue - Associação de Nadadores Salvadores de Grândola, que colaboraram com a equipa do projeto na resposta ao arrojamento. Para mais informações sobre as Tartarugas-comum visite a nossa página sobre esta espécie.

18.08.2022 | Camada adiposa nos cetáceos

    

     Os cetáceos apresentam uma camada de tecido adiposo (gordura) que envolve o seu corpo. Esta camada de gordura pode atingir os 50% do peso total de certas espécies durante algumas etapas da sua vida, desempenhando diversas funções, como o isolamento térmico, o ajuste de flutuabilidade e o armazenamento de energia. Quando falamos de animais arrojados, a análise da camada de tecido adiposo pode auxiliar na determinação do estado nutricional do animal e na identificação da possível causa de morte.

11.08.2022 | O que fazer em caso de Arrojamento?

    

    

     Se encontrar um animal arrojado (baleia, golfinho, tartaruga marinha): 1. Dê o alerta: Poderá contactar o número nacional da Rede de Apoio a Mamíferos Marinhos (+351 968 849 101) ou uma das diversas redes regionais: Rede de arrojamentos do Norte (Caminha a Peniche): +351 919 618 705; ARROJAL (Troia a Odeceixe): +351 932 004 615; RAAlg (Odeceixe a Vila Real de Santo António): +351 968 688 233. Este contacto irá permitir alertar equipas qualificadas que procederão à recolha dos dados e registo do arrojamento. 2. Descreva a situação: A informação fornecida deverá ser o mais detalhada possível, pois permitirá à equipa ter uma ideia da situação, identificar a espécie e os meios necessários para a resposta. Se possível forneça as coordenadas geográficas da localização e fotografias do arrojamento. 3. Siga as recomendações: Siga as instruções dadas, mantenha a calma e evite o contacto com o animal. Tenha sempre presente que para sua segurança a manipulação destes animais deverá apenas ser realizada por equipas qualificadas.

04.08.2022 | Tempo de gestação dos cetáceos

    

    

     Os cetáceos apresentam tempos de gestação semelhantes aos dos mamíferos terrestres, podendo variar entre 9 a 17 meses. Estes períodos de gestação, relativamente longos, permitem que as crias nasçam com um sistema nervoso e muscular bastante desenvolvido, sendo capazes de acompanhar a progenitora e respirar de forma autónoma, desde o momento do nascimento. Embora o tempo de gestação varie consoante a espécie, este não se encontra diretamente relacionado com o tamanho do animal adulto. Contudo, sabe-se que o tempo de gestação pode variar com fatores como a disponibilidade de alimento e o comportamento migratório.

28.07.2022 | Atividade de divulgação científica – Festival Músicas do Mundo 2022

    

     No passado dia 15 de julho, sexta-feira, a equipa do projeto ARROJAL recebeu um alerta para a presença de um animal morto arrojado a sul da Praia das Furnas, concelho de Odemira. Ao chegar ao local, a equipa verificou que se tratava de um Boto (𝑷𝒉𝒐𝒄𝒐𝒆𝒏𝒂 𝒑𝒉𝒐𝒄𝒐𝒆𝒏𝒂) adulto fêmea, com aproximadamente 2 metros de comprimento. Devido ao seu estado de decomposição, não foi possível determinar a causa de morte. Em Portugal continental esta espécie apresenta um estatuto de conservação de Vulnerável, segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados, estando classificada a nível mundial pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) como Pouco Preocupante. Esta semana celebrou-se o dia Internacional da Vaquita (𝑷𝒉𝒐𝒄𝒐𝒆𝒏𝒂 𝒔𝒊𝒏𝒖𝒔), uma outra espécie da família do Boto (Phocoenidae), atualmente classificada pela IUCN como Criticamente em Perigo. As estimativas mais recentes apontam para a existência de apenas 10 indivíduos, desta espécie, no Golfo da Califórnia. Para mais informações sobre a Vaquita visite https://www.vaquitacpr.org/.

14.07.2022 | ARROJAL no Terreno #17

    

     No passado dia 15 de julho, sexta-feira, a equipa do projeto ARROJAL recebeu um alerta para a presença de um animal morto arrojado a sul da Praia das Furnas, concelho de Odemira. Ao chegar ao local, a equipa verificou que se tratava de um Boto (𝑷𝒉𝒐𝒄𝒐𝒆𝒏𝒂 𝒑𝒉𝒐𝒄𝒐𝒆𝒏𝒂) adulto fêmea, com aproximadamente 2 metros de comprimento. Devido ao seu estado de decomposição, não foi possível determinar a causa de morte. Em Portugal continental esta espécie apresenta um estatuto de conservação de Vulnerável, segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados, estando classificada a nível mundial pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) como Pouco Preocupante. Esta semana celebrou-se o dia Internacional da Vaquita (𝑷𝒉𝒐𝒄𝒐𝒆𝒏𝒂 𝒔𝒊𝒏𝒖𝒔), uma outra espécie da família do Boto (Phocoenidae), atualmente classificada pela IUCN como Criticamente em Perigo. As estimativas mais recentes apontam para a existência de apenas 10 indivíduos, desta espécie, no Golfo da Califórnia. Para mais informações sobre a Vaquita visite https://www.vaquitacpr.org/.

14.07.2022 | Como dormem os Golfinhos?

    

     Os mamíferos marinhos apresentam estratégias de descanso bastante distintas dos mamíferos terrestres, os cetáceos não são exceção! Embora não saibamos com exatidão como todas as espécies de cetáceos descansam, alguns estudos desenvolvidos com espécies de Odontocetes (Cetáceos com dentes), como o Golfinho-roaz (𝑇𝑢𝑟𝑠𝑖𝑜𝑝𝑠 𝑡𝑟𝑢𝑛𝑐𝑎𝑡𝑢𝑠), apontam para uma estratégia de descanso denominada Sono Uni-hemisférico, em que, enquanto um dos hemisférios do cérebro descansa, o hemisfério oposto mantém-se acordado, assumindo o controlo sensorial e motor. Esta estratégia permite a estes animais descansarem e ao mesmo tempo estarem ativos o suficiente, para continuar a respirar e permanecer alerta.

07.07.2022 | ARROJAL no Terreno #16

    

     No passado dia 5 de julho, a equipa do projeto ARROJAL recebeu um alerta para a presença de um animal morto arrojado a sul da Praia da Lagoa de Santo André. Ao chegar ao local, a equipa do projeto verificou que se tratava de um Golfinho-roaz (𝑇𝑢𝑟𝑠𝑖𝑜𝑝𝑠 𝑡𝑟𝑢𝑛𝑐𝑎𝑡𝑢𝑠) de aproximadamente 3,5 metros de comprimento. Devido ao avançado estado de decomposição do animal, não foi possível determinar a causa de morte. O Golfinho-roaz é uma das espécies que mais arroja na costa alentejana. Desde o início do presente ano, a equipa do projeto ARROJAL já respondeu a 5 arrojamentos desta espécie. Gostaríamos de agradecer à Seagull Rescue - Associação de Nadadores Salvadores de Grândola por toda a colaboração.

07.07.2022 | ARROJAL no Terreno #16

    

     No passado dia 5 de julho, a equipa do projeto ARROJAL recebeu um alerta para a presença de um animal morto arrojado a sul da Praia da Lagoa de Santo André. Ao chegar ao local, a equipa do projeto verificou que se tratava de um Golfinho-roaz (𝑇𝑢𝑟𝑠𝑖𝑜𝑝𝑠 𝑡𝑟𝑢𝑛𝑐𝑎𝑡𝑢𝑠) de aproximadamente 3,5 metros de comprimento. Devido ao avançado estado de decomposição do animal, não foi possível determinar a causa de morte. O Golfinho-roaz é uma das espécies que mais arroja na costa alentejana. Desde o início do presente ano, a equipa do projeto ARROJAL já respondeu a 5 arrojamentos desta espécie. Gostaríamos de agradecer à Seagull Rescue - Associação de Nadadores Salvadores de Grândola por toda a colaboração.

30.06.2022 | ARROJAL no Terreno #15

    

     No passado dia 24 de junho, a equipa do projeto ARROJAL recebeu dois alertas de arrojamento no concelho de Odemira. O primeiro alerta foi dado ao final da tarde pela Rede de Arrojamentos do Algarve (RAAlg). Tratava-se de um Golfinho-comum (𝐷𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑛𝑢𝑠 𝑑𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑠), morto, arrojado na Praia da Pedra da Bica. O animal, um macho com aproximadamente 1,80m de comprimento, apresentava diversos indícios condizentes com uma possível morte por captura acidental em artes de pesca. Durante a resposta ao primeiro arrojamento, a equipa recebeu um segundo alerta por parte da Polícia Marítima de Sines, para a presença de outro animal arrojado na Praia do Malhão. Dada a hora tardia e uma vez que a localização exata do animal não era conhecida, apenas foi possível dar resposta na manhã do dia seguinte. O animal, que se encontrava a norte da praia do Malhão, tratava-se de um Golfinho-Roaz (𝑇𝑢𝑟𝑠𝑖𝑜𝑝𝑠 𝑡𝑟𝑢𝑛𝑐𝑎𝑡𝑢𝑠) com cerca de 2 metros de comprimento. Devido ao avançado estado de decomposição não foi possível determinar a sua causa de morte.

23.06.2022 | Atividade de divulgação científica – Feira de São João

    

     A equipa do projeto ARROJAL irá estar presente na Feira de São João em Évora, nos próximos dias 27 e 28 de junho, segunda e terça-feira, entre as 18h e as 22h. Estaremos no espaço criança com a atividade “Mamíferos e Répteis marinhos - O que são e porque dão à costa?”. Com esta ativadade pretendemos dar a conhecer de forma interativa, a quem nos visita, as espécies de mamíferos e os répteis marinhos que podemos encontrar ao longo da nossa costa e as principais ameaças que estas enfrentam. Venham visitar-nos e experienciar de forma divertida parte do trabalho da equipa do projeto ARROJAL. Estamos a contar com a vossa presença!

09.06.2022 | Resgate de crias de gaivota

    

     Apesar de as aves não fazerem parte do grupo de espécies com que o projeto ARROJAL habitualmente trabalha, no passado dia 8 de junho, a equipa do projeto deu resposta a um alerta por parte de um membro do Clube Náutico de Sines (CNS) envolvendo duas crias de gaivota. Ao chegar ao local e após avaliar a situação, contactámos o Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Santo André (CRASSA) que prontamente recebeu as aves e deu início ao seu processo de recuperação. Caso encontre uma ave marinha debilitada, por favor contacte o centro de recuperação de animais mais próximo, ou a linha SOS AMBIENTE (808 200 520).

09.06.2022 | ARROJAL no Terreno #14

    

     No passado dia 26 de maio, a equipa do projeto ARROJAL, recebeu um alerta para a presença de uma cria de golfinho-roaz (𝑇𝑢𝑟𝑠𝑖𝑜𝑝𝑠 𝑡𝑟𝑢𝑛𝑐𝑎𝑡𝑢𝑠) morta arrojada a sul da Praia da Malha da Costa, Grândola. O animal arrojado tratava-se de macho recém-nascido, com cerca de 1,40 m de comprimento, ainda com vestígios do cordão umbilical (primeira fotografia), e dobras fetais. A realização da necropsia em laboratório permitiu recolher indícios que apontam para uma possível morte traumática, assim como diversas amostras que integram agora o Banco Nacional de Tecidos de Animais Marinhos. Gostaríamos de agradecer ao Dr. Nuno Neves, médico veterinário do ICNF, pela sua colaboração durante a realização da necropsia.

02.06.2022 | Ciclo palestras “Talks Alentejo Azul”

    

     Na passada terça-feira, dia 24 de maio, o projeto ARROJAL marcou presença com a apresentação “Mamíferos e Répteis Marinhos – O que são e porque dão à costa?” no ciclo de palestras “Talks Alentejo Azul” realizado no âmbito do projeto Alentejo Azul promovido pela ADRAL – Agência Desenvolvimento Regional do Alentejo e Sines Tecnopolo. Esta apresentação permitiu dar a conhecer o que são mamíferos e répteis marinhos, as principais espécies que ocorrem na nossa costa, assim como o projeto ARROJAL, o seu enquadramento na Rede Nacional de Arrojamentos e como é efetuada a resposta em caso de arrojamento da costa alentejana. Adicionalmente foram ainda apresentados dados sobre os arrojamentos ocorridos nesta área entre 2010 e 2021. Agradecemos o convite à organização e a todos aqueles que estiveram presentes.

26.05.2022 | ARROJAL no Terreno #13

    

     No passado dia 17 de maio, a equipa do projeto ARROJAL, recebeu um alerta por parte dos Vigilantes da Natureza do PNSACV para a presença de um animal morto arrojado na margem norte da ribeira de Odeceixe. Ao chegar ao local a equipa do projeto verificou que o animal, um golfinho-roaz adulto com cerca de 3 metros, encontrava-se a ser arrastado devido à subida da maré. Em articulação com os serviços da Câmara Municipal de Odemira foi possível retirar o animal da água e transportá-lo para um local apropriado, onde o mesmo foi necropsiado e posteriormente enterrado. Devido ao avançado estado de decomposição do animal, não foi possível determinar a causa de morte, mas foram recolhidas diversas amostras, nomeadamente o conteúdo estomacal. A presença de conteúdo estomacal abundante indica que o animal se teria alimentado pouco antes de morrer, o que poderá indiciar uma possível morte repentina/ traumática.

19.05.2022 | Atividade de divulgação científica – Praia Vasco da Gama

    

    

     No passado dia 18 de maio, a equipa do projeto ARROJAL, realizou uma atividade de divulgação na Praia Vasco da Gama em Sines para os alunos do Centro Infantil de Sines - "A Conchinha". Esta atividade teve como objetivo dar a conhecer aos mais pequenos as baleias e golfinhos, as principais ameaças que estes animais enfrentam e porque ocorrem os arrojamentos. Os alunos tiveram ainda a oportunidade de simular o trabalho realizado pela equipa do projeto ARROJAL em caso de arrojamento.

    

    

12.05.2022 | Visita _ARTERIA_Lab

    

     A equipa do projeto ARROJAL visitou recentemente o _ARTERIA_Lab, um laboratório criativo da Universidade de Évora. Este laboratório é um espaço de experimentação, investigação artística e cultural transdisciplinar, onde são criadas e testadas novas ideias que cruzam as áreas artísticas, científicas e tecnológicas para responder aos desafios da sociedade.

    Com esta visita para além de ficarmos a conhecer o espaço e a equipa do _ARTERIA_Lab, o projeto ARROJAL teve ainda a oportunidade de testar a criação de modelos 3D, de algumas amostras de mamíferos marinhos, recolhidas no âmbito do projeto. Através da colaboração entre o _ARTERIA_Lab e o projeto ARROJAL pertendemos criar modelos 3D para utilizar em atividades de divulgação científica. Estes modelos irão permitir a manipulação de réplicas de amostras por parte do público, tornando este tipo de atividades mais interativas.

    

Para saberes mais sobre o _ARTERIA_Lab visita:  _ARTERIA_Lab

04.05.2022 | ARROJAL no Terreno #12

    

    A resposta a arrojamentos, tem início no momento do alerta. Este alerta pode ser dado por diversas entidades ou até mesmo por cidadãos que encontram animais arrojados nas praias. Em Portugal a Rede Nacional de Arrojamentos é atualmente composta por diversas equipas ao longo do território continental, as redes regionais de arrojamentos. A cooperação entre as redes regionais é muito importante ao nível da partilha de conhecimento e na gestão de alertas.

    No passado sábado, dia 30 de abril, foi comunicado à Rede de Arrojamentos do Algarve (RAAlg) a presença de um golfinho arrojado na praia do Brejo Largo (concelho de Odemira, Alentejo), já fora da sua área de atuação. De imediato a RAAlg contactou a equipa do projeto ARROJAL que se deslocou ao local para responder ao alerta.

    A coordenação entre equipas regionais permite assim, uma resposta mais eficiente aos alertas recebidos ao longo da costa continental portuguesa.

28.04.2022 | Coleção de referência

    

    Durante a resposta a um arrojamento são recolhidas diversas amostras biológicas (ex. morfometria, amostras de tecido). De entre essas amostras encontram-se as ossadas dos animais, ou partes das mesmas. A equipa do projeto ARROJAL tem vindo a recolher e preparar este tipo de amostras, o que irá permitir criar uma coleção de referência para as diversas espécies de cetáceos e tartarugas marinhas arrojadas ao largo da costa alentejana.

    Estas coleções podem auxiliar na identificação de animais arrojados, quando o seu estado de decomposição não permite a identificação da espécie através das suas características morfológicas externas. Este tipo de amostras poderá ainda ser utilizado em trabalhos taxonômicos ou como material de exposição em atividades de divulgação científica.

    

21.04.2022 | ARROJAL no Terreno #11

    

    No passado dia 13 de abril, a equipa do projeto Arrojal recebeu um alerta por parte dos vigilantes da natureza do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV), para a presença de um golfinho de pequenas dimensões arrojado morto numa praia de difícil acesso (Praia do Tonel, Concelho de Odemira).

    Ao chegar ao local, o animal foi identificado como sendo uma cria de golfinho-riscado (𝑆𝑡𝑒𝑛𝑒𝑙𝑙𝑎 𝑐𝑜𝑒𝑟𝑢𝑙𝑒𝑜𝑎𝑙𝑏𝑎). Esta é uma espécie mais frequentemente avistada em águas profundas, para além da plataforma continental, e portanto o arrojamento de uma cria é invulgar. A remoção do animal não foi possível, tendo a necropsia sido realizada no local. Foram recolhidas todas as amostras e dados possíveis. Uma fratura exposta na mandíbula e a presença de um hematoma na região do crânio sugerem que o animal poderá ter tido uma morte traumática.

    Gostaríamos de agradecer aos vigilantes do PNSACV por toda a colaboração durante a resposta ao arrojamento.

14.04.2022 | 33.ª Conferência da Sociedade Europeia de Cetáceos

    

    Na semana passada a equipa do projeto Arrojal marcou presença na 33.ª Conferência da Sociedade Europeia de Cetáceos. A equipa do projeto apresentou, em formato de poster, um estudo preliminar sobre os arrojamentos ocorridos na costa alentejana entre 2010 e 2021 - “Cetacean strandings on the Southwest coast of mainland Portugal (Alentejo) between 2010 and 2021” A participação nesta conferência permitiu, não só dar a conhecer um pouco do trabalho realizado pelo projeto, mas também conhecer muito do trabalho científico que atualmente se desenvolve sobre mamíferos marinhos.

    

07.04.2022 | Lesões na pele

    

    Existem diversas marcas externas que podem ser identificadas em cetáceos arrojados. Lesões na pele, podem ser encontradas ao longo de todo o corpo, podendo ser causadas por agentes infecciosos, desde bactérias, vírus ou fungos. Nalguns casos, contaminantes biológicos e químicos, muitas vezes provenientes de atividades humanas podem também contribuir para o aparecimento de lesões na pele de cetáceos. Quando detetadas estas marcas, devem ser minuciosamente analisadas para permitir a identificação da sua origem.

    

31.03.2022 | Marcas Post mortem

    

    Existem diversas marcas externas que podem ser identificadas em cetáceos arrojados. Algumas destas marcas podem ocorrer após a morte do animal sendo importante distingui-las de outras que possam indiciar a causa de morte.

    As marcas que surgem após a morte podem ter dimensões variáveis podendo ser identificadas ao longo de todo o corpo do animal. Estas são muitas vezes provocadas pela abrasão no substrato durante o arrojamento, ou por animais oportunistas, como peixes e aves que se alimentam após a morte do animal.

24.03.2022 | Marcas de Interação

    

    Existem diversas marcas externas que podem ser identificadas em cetáceos arrojados. Para além de marcas naturais, podem ser detetadas frequentemente marcas resultantes das interações entre cetáceos e as atividades humanas. De entre estas interações, destacam-se as interações com artes de pesca, que muitas vezes resultam na captura acidental destes animais.

    As marcas de captura acidental são por norma abrasões e/ou pequenos cortes que podem ser detetadas ao longo de todo o corpo do animal, embora sejam mais comuns junto às extremidades, como as barbatanas e/ou o bico no caso dos odontocetos.

17.03.2022 | Baleia-comum (𝐵𝑎𝑙𝑎𝑒𝑛𝑜𝑝𝑡𝑒𝑟𝑎 𝑝ℎ𝑦𝑠𝑎𝑙𝑢𝑠)

    

    A baleia-comum (𝐵𝑎𝑙𝑎𝑒𝑛𝑜𝑝𝑡𝑒𝑟𝑎 𝑝ℎ𝑦𝑠𝑎𝑙𝑢𝑠) é a segunda maior espécie de cetáceo, apenas ultrapassada pela baleia-azul (𝐵𝑎𝑙𝑎𝑒𝑛𝑜𝑝𝑡𝑒𝑟𝑎 𝑚𝑢𝑠𝑐𝑢𝑙𝑢𝑠). A baleia-comum pode atingir os 24 metros de comprimento e pesar 75 toneladas. A sua coloração varia entre o cinzento-claro e o preto-acastanhado no dorso, apresentando um ventre claro com cerca de 50 a 100 pregas ventrais. A principal característica diagnosticante desta espécie é a coloração assimétrica da mandíbula. O lábio inferior direito apresenta uma coloração branca enquanto o inferior esquerdo apresenta a coloração do dorso.

    m Portugal continental esta espécie possui um estatuto de ameaça, encontrando-se classificada como “Em Perigo” no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. No passado dia 1 de março, a equipa do projeto ARROJAL recebeu um alerta de um exemplar pertencente a esta especie (baleia-comum) arrojado. Esta é a segunda espécie de misticete detetada pela equipa do projeto desde o início do mesmo. No total foram contabilizadas até ao momento 7 espécies (6 cetáceos e 1 tartaruga marinha). O animal media cerca de 14 metros e pesava 19 toneladas. Embora não tenha sido possível determinar a causa da morte, foi recolhido o máximo de informação e de amostras possível, que passam a integrar o Banco Nacional de Tecidos de Animais Marinhos.

10.03.2022 | ARROJAL no Terreno #11

    

    Na passada terça-feira, dia 1 de março, a equipa do projeto ARROJAL recebeu um alerta para a existência de um cetáceo morto de grandes dimensões no interior do Porto de Sines. Ao chegar ao local o animal foi identificado como sendo uma baleia-comum (𝑩𝒂𝒍𝒂𝒆𝒏𝒐𝒑𝒕𝒆𝒓𝒂 𝒑𝒉𝒚𝒔𝒂𝒍𝒖𝒔) fêmea, com cerca de 14 metros.

    Apesar das diversas tentativas, devido ao porte do cetáceo, ao estado do mar e a toda a logística necessária para remover um animal destas dimensões, apenas foi possível removê-lo na manhã de sexta-feira, dia 4 de março. Este foi posteriormente encaminhado para aterro sanitário, local onde foi realizada a necropsia. Devido ao estado do animal não foi possível determinar a causa de morte. Até ao momento este foi o maior animal ao qual a equipa do projeto ARROJAL deu resposta e portanto um grande desafio!

    Gostariamos de agradecer a todas as entidades envolvidas, destacando a Autoridade Marítima Nacional, através do Comando-local da Polícia Marítima de Sines e da Estação Salva-vidas de Sines (ISN), a Administração dos Portos de Sines e do Algarve S.A. (APS), a Câmara Municipal de Sines e a Ambilital.

03.03.2022 | Marcas de Dentes

    

    Tal como mencionamos no último post, existem diversas marcas externas que podem ser identificadas em cetáceos arrojados.

    As marcas de dentes são marcas naturais, e tal como o nome indica provocadas geralmente pelos dentes de indivídios da mesma espécie durante interações entre os mesmos. Este tipo de interações são bastante comuns em golfinhos, sendo alguns exemplos destas o estabelecimento de dominância, socialização ou agressão.

    Como é possível ver na imagem as marcas de dentes são caracterizadas por linhas parelas relativamente próximas entre si, podendo ser encontradas por todo o corpo.

24.02.2022 | Marcas de Arrojamentos

    

    Uma parte do trabalho da equipa do projeto ARROJAL passa por realizar uma avaliação minuciosa externa de cada animal arrojado. Estas observações são realizadas no local e/ou no laboratório de necropsias. Para além das observações são ainda retiradas inúmeras fotos que podem posteriormente auxiliar na deteção de marcas que possam ter passado despercebidas. Existem diversas marcas externas que podem ser identificadas, como por exemplo marcas de interação entre indivíduos, marcas de interação com atividades humanas e marcas causadas por doenças ou deformações. Ao longo dos próximos posts iremos dar a conhecer algumas destas marcas e o que nos podem indicar. :)

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17.02.2022 | Alertas de Arrojamentos

    

    

    Desde o início do ano a equipa do projeto ARROJAL registou um total de 7 arrojamentos na costa alentejana.

    Os alertas chegaram de diversas fontes, nomeadamente de particulares, que muitas vezes temos a oportunidade de encontrar no local do arrojamento. Este encontro permite-nos estabelecer contacto com a pessoa em causa e fornecer algumas informações gerais sobre o arrojamento.

    O envolvimento do público com as entidades que participam na resposta a arrojamentos é muito importante, uma vez que parte significativa dos alertas a arrojamentos, provêm de pessoas que encontram estes animais arrojados nas praias e na orla costeira. Muito obrigada por toda a colaboração! :)

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03.02.2022 | Dentição dos Odontocetes

    

    Desde o início do projeto ARROJAL, foram dadas respostas a arrojamentos de 4 espécies diferentes de odontocetes (cetáceos com dentes). A dentição dos odontocetes varia de espécie para espécie, em relação à dimensão, número e forma dos dentes.

    Apesar destas variações entre espécies, cada indivíduo apresenta todos os dentes iguais (dentição homodonte).

    Os cetáceos não utilizam os dentes para mastigar as presas, mas sim para agarrar, arrancar e ou segurar as presas que posteriormente são engolidas inteiras.

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03.02.2022 | Misticetes

    

    Os cetáceos são um grupo de mamíferos marinhos que pode ser dividido em dois outros grupos: os Odontocetes (cetáceos com dentes), sobre os quais falamos na última publicação, e os Misticetes (cetáceos com barbas).

    Os Misticetes são um grupo de cetáceos caracterizado pela presença de barbas, estruturas quitinosas, utilizadas para filtrar a água durante a alimentação, e por terem um espiráculo constituido por dois oríficios. São, também, por norma, os cetáceos de maiores dimensões com hábitos de vida mais solitários e com comportamento migratório mais marcado em comparação com os Odontocetes.

    A maior parte das espécies deste grupo, que ocorrem ao largo de Portugal continental, são observadas de forma ocasional, contudo existem espécies que podem ser observadas com maior frequência, como é o caso da Baleia-anã (𝐵𝑎𝑙𝑎𝑒𝑛𝑜𝑝𝑡𝑒𝑟𝑎 𝑎𝑐𝑢𝑡𝑜𝑟𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎).

    A Baleia-anã foi ainda a única espécie que registou arrojamentos desde o início do projeto ARROJAL na costa alentejana. Para saberes mais sobre este grupo e algumas das espécies que podem ser observadas em Portugal continental visita o nosso website e fica atento às nossas redes sociais! :)

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27.01.2022 | Odontocetes

    

    Os cetáceos são um dos grupos de mamíferos marinhos vulgarmente conhecidos como baleias, golfinhos e botos. Este grupo pode ser dividido em outros dois: cetáceos com dentes (Odontocetes) composto entre outros por golfinhos e botos, e cetáceos com barbas (Misticetes), grupo onde se inserem as baleias.

    Os Odontocetes são o grupo com maior número de espécies. As características mais diagnosticantes deste grupo são a presença de dentes que dá nome a este grupo, a sua capacidade de ecolocalização que permite a detecção de presas e a orientação debaixo de água e o espiráculo, utilizado para a respiração, constituído por apenas um orifício.

    Em Portugal continental são várias as espécies pertencentes ao grupo dos Odontocetes que podem ser observadas. Este é também o grupo com mais arrojamentos detectados em 2021 pela equipa do projeto ARROJAL .

    Para saberes mais sobre este grupo e algumas das espécies que podem ser observadas em Portugal continental visita o nosso website e fica atento às nossas redes sociais! :)

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27.01.2022 | Odontocetes

    

    Os cetáceos são um dos grupos de mamíferos marinhos vulgarmente conhecidos como baleias, golfinhos e botos. Este grupo pode ser dividido em outros dois: cetáceos com dentes (Odontocetes) composto entre outros por golfinhos e botos, e cetáceos com barbas (Misticetes), grupo onde se inserem as baleias.

    Os Odontocetes são o grupo com maior número de espécies. As características mais diagnosticantes deste grupo são a presença de dentes que dá nome a este grupo, a sua capacidade de ecolocalização que permite a detecção de presas e a orientação debaixo de água e o espiráculo, utilizado para a respiração, constituído por apenas um orifício.

    Em Portugal continental são várias as espécies pertencentes ao grupo dos Odontocetes que podem ser observadas. Este é também o grupo com mais arrojamentos detectados em 2021 pela equipa do projeto ARROJAL .

    Para saberes mais sobre este grupo e algumas das espécies que podem ser observadas em Portugal continental visita o nosso website e fica atento às nossas redes sociais! :)

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20.01.2022 | ARROJAL NO TERRENO #10

    

    No passado dia 27 de Dezembro a equipa do projeto ARROJAL recebeu um alerta para a presença de um animal arrojado a norte da praia da Comporta.

    Ao chegar à Praia da Comporta, foi localizado o arrojamento com o auxílio de um drone. Como é possível ver no vídeo, a utilização do drone permite de forma eficaz localizar o animal. Sem dúvida, este equipamento tem um enorme potencial para o trabalho do projeto ARROJAL.

    Foi possível identificar o animal arrojado como um exemplar de baleia-anã (𝐵𝑎𝑙𝑎𝑒𝑛𝑜𝑝𝑡𝑒𝑟𝑎 𝑎𝑐𝑢𝑡𝑜𝑟𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎) em avançado estado de decomposição.

    A baleia-anã é a espécie de baleia com barbas mais pequena, atingindo um tamanho médio de cerca de 8 metros de comprimento. Esta espécie caracteriza-se por apresentar uma mancha branca nas barbatanas peitorais.

    As baleias-anãs apresentam uma coloração cinzenta no dorso com o ventre mais claro, com cerca de 50 a 70 pregas ventrais. Em Portugal continental esta espécie possui um estatuto de ameaça, encontrando-se classificada como Vulnerável no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal.

    Devido ao avançado estado de decomposição, não foi possível determinar a causa da morte, tendo sido recolhido o máximo de informação possível, que poderá ser utilizada na realização de trabalhos científicos e académicos em diversas áreas.

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13.01.2022 | Recolha e processamento de amostras recolhidas

    

    Cada vez que a equipa do projeto ARROJAL dá resposta a um alerta de arrojamento são recolhidas diversas amostras biológicas do animal. O número e tipo de amostras variam consoante diversos fatores, como a espécie e estado de decomposição do animal. Por norma são recolhidas amostras externas (ex. dentes, pele) e amostras internas (ex. tecidos e conteúdos estomacais).

    Após a recolha as amostras são preparadas e armazenadas em diferentes condições (ex. congeladas, em formol, álcool etílico a 70%), integrando assim o Banco Nacional de Tecidos de Animais Marinhos e podendo ser utilizadas na realização de trabalhos científicos e académicos em diversas áreas, tais como, a histologia, toxicologia e parasitologia e genética.

    A recolha e armazenamento destas amostras é uma fonte de informação essencial para o estudo de mamíferos e répteis marinhos.

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06.01.2022| Uso de drones como nova alternativa para aumentar a eficiência do patrulhamento

    

    A vasta área de atuação do projeto ARROJAL (Troia a Odeceixe) apresenta locais de difícil acesso e/ou com pouca visitação, o que pode levar à não detecção de alguns arrojamentos. Desta forma, a equipa do projeto ARROJAL tem estado a testar o uso de drones como nova alternativa para aumentar a eficiência do patrulhamento.

    Até ao momento esta metodologia tem demonstrado um enorme potencial para aumentar a área patrulhada e a deteção de animais arrojados. Esperamos em breve poder utilizar o drone de forma regular durante as ações de patrulhamento.

    

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16.12.2021 | ARROJAL no Terreno #9

    

    No passado dia 3 de dezembro a equipa do projeto ARROJAL recebeu um alerta para a presença de um animal arrojado junto à praia dos Aivados. Ao chegar ao local, a equipa do projeto identificou o animal como sendo um boto (𝑷𝒉𝒐𝒄𝒐𝒆𝒏𝒂 𝒑𝒉𝒐𝒄𝒐𝒆𝒏𝒂). Esta é a 6ª espécie identificada em arrojamentos ocorridos na costa alentejana, pela equipa do projeto desde o início do mesmo em maio de 2021.

    O boto é uma das menores espécies de cetáceos com dentes (𝑶𝒅𝒐𝒏𝒕𝒐𝒄𝒆𝒕𝒊), possui uma cabeça arredondada, sem o bico demarcado e a barbatana dorsal tem uma forma triagunlar. A coloração desta espécie varia entre o cinzento-escuro e o preto na região dorsal sendo mais clara nos flancos e branca na região ventral. Os dentes são também uma característica particular desta espécie, apresentando uma forma de pá. Em Portugal continental esta espécie possuí um estatuto de ameaça, encontrando-se classificada como Vulnerável no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal.

    O indivíduo arrojado tratava-se de uma fêmea em idade reprodutiva com aproximadamente 2 metros de comprimento. A necropsia realizada no laboratório não permitiu determinar a causa da morte do animal.

    Agradecemos a colaboração da Autoridade Marítima Nacional (Comando-local da Polícia Marítima de Sines) e da Junta de Freguesia de Vila Nova de Milfontes, que colaboraram com a equipa do projeto durante os trabalhos no terreno.

    

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09.12.2021 | ARROJAL vai à escola #2

    

    No dia 24 de Novembro, a equipa do projeto ARROJAL realizou mais uma atividade de divulgação, desta vez no Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém. Um dia muito bem passado, onde ao longo das 3 sessões realizadas, demos a conhecer o nosso projeto, a Rede Nacional de Arrojamentos e também os mamíferos e répteis marinhos a alunos do 8º e 11º ano.

    A realização destas atividades em escolas situadas na nossa área de atuação, pretende sensibilizar a população para a importância de dar o alerta em caso de arrojamento e dar a conhecer algumas das espécies que habitam nas águas continentais portuguesas e as suas características. É muito gratificante, para toda a equipa do projeto, ver o interesse e entusiasmo demonstrado por todos os participantes durante as atividades.

    O nosso obrigado ao Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém, em especial ao Professor Vasco Carrilho e a todos os que estiveram presentes.

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02.12.2021 | Avistamentos de foca-cinzenta na costa alentejana

    

    Nas últimas semanas, a equipa do projeto ARROJAL tem recebido alertas para a presença de uma foca-cinzenta (𝐻𝑎𝑙𝑖𝑐ℎ𝑜𝑒𝑟𝑢𝑠 𝑔𝑟𝑦𝑝𝑢𝑠) na costa alentejana.

    Trata-se possivelmente de um indivíduo conhecido como Doqui que tem vindo a ser observado desde 2020 ao longo da costa continental espanhola e portuguesa. A equipa do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (CRAM-Ecomare) tem monitorizado o animal e considera não existirem razões médico-veterinárias para o recolher.

    As focas vêm frequentemente a terra para descansar e por isso é normal serem avistadas junto à orla costeira. Pedimos que caso a avistem mantenham a distância de modo a evitar causar qualquer stress desnecessário ao animal. Para além disto, é um animal selvagem, como tal pode apresentar um comportamento imprevisível.

    É importante registar os seus movimentos e por isso pedimos, caso avistem o animal que alertem as diversas entidades (ICNF/Redes regionais de arrojamentos), fornecendo a localização, e caso seja possível, vídeos ou fotografias assim como coordenadas GPS.

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25.11.2021 | Ciclo de webinars às Terças

    

    Na passada terça-feira, dia 25 de novembro, o projeto ARROJAL marcou presença no “Ciclo de webinars às terças”, organizado pela Direção Regional da Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo.

    Esta apresentação permitiu dar a conhecer ao público o projeto, o seu enquadramento na Rede Nacional de Arrojamentos e como é efetuada a resposta em caso de arrojamento da costa alentejana entre Troia e Odeceixe. Adicionalmente foram ainda apresentados dados sobre os arrojamentos ocorridos nesta área entre 2010 e 2021.

    Gostaríamos de agradecer à organização o convite e a todos aqueles que estiveram presentes, a todos o nosso obrigado. Caso não tenha conseguido assistir, pode fazê-lo através do link.

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18.11.2021 | Resultados do projeto

    

    Desde o início do projeto ARROJAL, em maio, já recebemos diversos alertas. No total dos arrojamentos aos quais demos resposta, foram identificados indivíduos pertencentes a 5 espécies diferentes - 3 Odontoceti (Golfinho-comum, Golfinho-riscado, Golfinho-roaz), 1 Mysticeti (Baleia-anã) e 1 tartaruga marinha (Tartaruga-de-couro). Sem dúvida, tem sido um ano de muita aprendizagem para a equipa do projeto e muito gosto nos tem dado desenvolver este projeto na área do Alentejo. Por isso, convidamos todos a assistir a um webinário na próxima terça-feira (dia 23) pelas 14 horas, organizado pela Direção Regional da Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo. Este está incluído no ciclo de webinars às terças, e nele, os membros do projeto ARROJAL irão dar o conhecer um pouco do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nestes meses. A inscrição pode ser feita através do seguinte link: https://forms.gle/Yz9aQZ6fGM1GzJp28

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11.11.2021 | ARROJAL no Terreno #8

    

    Desde do início do projeto ARROJAL, a equipa respondeu a dois alertas de arrojamentos de tartarugas-de-couro (𝐷𝑒𝑟𝑚𝑜𝑐ℎ𝑒𝑙𝑦𝑠 𝑐𝑜𝑟𝑖𝑎𝑐𝑒𝑎). Uma arrojou na Praia da Raposa, em agosto, e outra na Praia da Comporta, no fim de outubro.

    As tartarugas-de-couro são a maior espécie de tartaruga marinha atualmente existente, e a segunda espécie de tartaruga mais frequente nas águas continentais portuguesas.

    A tartaruga-de-couro pode pesar mais de 900 kg e atingir 1.80 metros de comprimento. O nome comum desta espécie provém da sua carapaça. Ao contrário de outras tartarugas que apresentam a carapaça coberta por placas ósseas, a tartaruga-de-couro apresenta um revestimento coriáceo em redor da sua carapaça.

    Para saberes mais sobre esta e outras espécies de tartarugas e cetáceos marinhos, consulta a página Espécies de Portugal Continental

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04.11.2021 | ARROJAL vai à escola #1

    

    No passado dia 29 de outubro de 2021, a equipa do projeto ARROJAL realizou uma atividade de divulgação para os alunos do 9º ano de escolaridade da escola básica Vasco da Gama em Sines. Esta atividade de divulgação teve como objetivo sensibilizar os alunos para as ameaças que os mamíferos e répteis marinhos enfrentam, o porquê destes animais aparecerem na costa e como se deve proceder em caso de arrojamento.

    A divulgação do projeto nas escolas situadas na nossa área de atuação, pretende sensibilizar a população para a importância de dar o alerta em caso de arrojamento. Os alertas de arrojamento vêm muitas vezes de cidadãos que encontram estes animais nas praias e na orla costeira, a colaboração de todos é indispensável para que a resposta em caso de arrojamento seja o mais célere possível.

    O nosso obrigado ao agrupamento de escolas de Sines e a todos os que estiveram presentes.

    

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21.10.2021 | ARROJAL no Terreno #7

    

    O golfinho-riscado (𝑆𝑡𝑒𝑛𝑒𝑙𝑙𝑎 𝑐𝑜𝑒𝑟𝑢𝑙𝑒𝑜𝑎𝑙𝑏𝑎) é usualmente avistado em águas para além da plataforma continental. Esta espécie é geralmente identificada pela presença de 2 finas riscas de coloração preta ou cinzenta-escura com início no olho. A inferior prolonga-se até à barbatana peitoral e a superior até à região anal.

    A equipa do projeto arrojal recolheu pela primeira vez um golfinho-riscado na no passado dia 20 de outubro. O animal com cerca de 1,80 metros foi encontrado no areal junto à praia da Aberta Nova (Concelho de Grândola).

    Agradecemos a colaboração da Autoridade Marítima Nacional (Comando-local da Polícia Marítima de Sines) e da Seagull Rescue (Associação de Nadadores-Salvadores de Grândola) na resposta a este arrojamento.

    

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21.10.2021 | Atividade de divulgação científica - Festival Internacional de Ciência

    

    A equipa do projeto ARROJAL marcou presença na primeira edição do FIC.A - Festival Internacional de Ciências (em Oeiras) com a atividade “Mamíferos e Répteis marinhos - O que são e porque dão à costa?”.

    Foram mais de duas centenas de alunos e famílias que nos visitaram no stand do MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, nos dias 12, 14 e 16 de outubro e que tiveram a oportunidade de aprender um pouco mais sobre os mamíferos e répteis marinhos que podem ser encontrados na nossa costa, assim como a importância de estudar estes animais quando arrojam.

    Sem dúvida momentos de muita partilha de conhecimentos com os mais pequenos, que através dos nossos insufláveis, folhas de registo simplificadas e fitas métricas recolheram diversos “segredos” que os animais arrojados trazem consigo.

    A todos os que estiveram connosco o nosso muito obrigado.

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14.10.2021 | ARROJAL no Terreno #6

    

    O golfinho-comum (𝐷𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑛𝑢𝑠 𝑑𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑠) é a espécie de cetáceo mais abundante nas águas continentais portuguesas, podendo ser observado durante todo o ano. Esta espécie pode atingir os 2.6 metros. É facilmente identificada pelo seu bico alongado com cerca de 40 a 61 pares de dentes por mandíbula e o seu padrão de coloração. O flanco apresenta por norma um padrão em forma de ampulheta, com a parte anterior do flanco amarela e a parte posterior cinzenta, existindo uma mancha escura de forma triangular abaixo da barbatana dorsal.

    Desde o início do projeto ARROJAL, na nossa área de atuação, o golfinho-comum é a espécie com maior número de arrojamentos registados. O mais recente ocorreu no passado dia 8 de outubro. O animal com cerca de 2 metros foi encontrado no areal um pouco a norte da praia da Malhão (Concelho de Odemira).

    Agradecemos a colaboração de todas as entidades envolvidas, Autoridade Marítima Nacional (Comando-local da Polícia Marítima de Sines), Câmara Municipal de Odemira e ICNF - Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV). A colaboração de todos permitiu recolher o máximo de informação possível sobre o arrojamento e remover o animal com a maior brevidade.

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30.09.2021 | Atividade de divulgação científica - Noite Europeia dos Investigadores

    

    No passado dia 24 de setembro, a equipa do projeto ARROJAL marcou presença na Noite Europeia dos Investigadores em Évora, com a atividade “Mamíferos e Répteis marinhos - O que são e porque dão à costa?”.

    Esta atividade esteve integrada no stand do MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente e permitiu dar a conhecer um pouco da biologia e ameaças que os mamíferos e répteis marinhos que habitam as nossas águas enfrentam, o projeto ARROJAL e a Rede Nacional de Arrojamentos.

    Foi mais de uma centena de pessoas que passaram pela Praça do Giraldo, com as mais diversas idades e que, de forma ativa, participaram nesta atividade. Recorrendo a modelos insufláveis de uma baleia e um golfinho, foi possível dar a conhecer, aos mais pequeninos, as diferenças entre estes dois grupos de cetáceos, bem como simular de forma interativa o trabalho realizado pela equipa do projeto quando ocorre um arrojamento.

    Foi uma noite bem passada, onde tivemos a oportunidade de partilhar o nosso trabalho e interagir com o público em geral.

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23.09.2021 | ARROJAL no laboratório #1

    Sempre que é realizada uma necropsia a um cetáceo arrojado são recolhidas diversas amostras. O número e tipo de amostras recolhidas dependem do estado de decomposição do animal arrojado. Nalguns animais, é ainda possível observar restos das suas refeições no sistema digestivo. A análise destes conteúdos estomacais permite estudar e compreender os hábitos alimentares de cada espécie através da identificação do conteúdo encontrado dentro do estômago. Por norma, no conteúdo estomacal encontram-se presentes estruturas rígidas, como por exemplo ossos/espinhas, otólitos (estruturas de carbonato de cálcio presentes no aparelho auditivo dos peixes), bicos de cefalópodes (polvos e lulas) e por vezes outros materiais como plástico. A limpeza destas estruturas a sua análise e contabilização permitem classificar as presas bem como obter uma estimativa da quantidade ingerida. Nas fotos é possível observar parte do processo de limpeza dos conteúdos estomacais, assim como espinhas e otólitos presentes no conteúdo estomacal de um golfinho comum arrojado (𝐷𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑛𝑢𝑠 𝑑𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑠) (foto) junto à praia do Carvalhal este verão.

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16.09.2021 | ARROJAL no Terreno #5

    

    A equipa do projeto ARROJAL deu resposta pela primeira vez ao arrojamento de um golfinho-roaz (𝑇𝑢𝑟𝑠𝑖𝑜𝑝𝑠 𝑡𝑟𝑢𝑛𝑐𝑎𝑡𝑢𝑠) no passado dia 10 de setembro. O animal com cerca de 3,10m foi encontrado na rebentação junto à praia da Costa de Santo André por nadadores-salvadores da Seagull Rescue (Associação de Nadadores-Salvadores de Grândola).

    O golfinho-roaz caracteriza-se por apresentar um bico curto, claramente demarcado da cabeça, uma coloração geral cinzenta escura, com os flancos e a metade anterior do ventre mais claros. Pode atingir os 4 metros de comprimento e pesar cerca de 600 kg. Em Portugal continental, pode ser observada ao longo de toda a costa, sendo bastante conhecido pela população residente no estuário do sado, cujos membros estão bem catalogados.

    Devido ao estado de decomposição do animal arrojado e à presença de banhistas no local do arrojamento, este foi transportado para fora da zona balnear, pelos Serviços Municipais de Proteção Civil da Câmara Municipal de Santiago do Cacém. No local estiveram ainda presentes elementos do Comando-local da Polícia Marítima de Sines.

    Não foi possível determinar a causa de morte, no entanto, as principais ameaças a esta espécie são a captura acidental em artes de pesca, colisão com embarcações e a poluição acústica. Para além destas, as populações residentes em estuários enfrentam ainda outros problemas como a degradação da qualidade da água nestes sistemas.

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09.09.2021 | Atividade de divulgação científica - Festival Terras Sem Sombra

    

    No passado dia 22 de agosto, a equipa do ARROJAL foi convidada a realizar uma atividade de divulgação científica no festival Terras Sem Sombra. Esta atividade foi realizada junto à lota do Porto de Pesca de Sines (Docapesca).

    Sem dúvida uma manhã bem passada onde a equipa do ARROJAL deu a conhecer o projeto, assim como os cetáceos e as ameaças a que estes estão sujeitos, alertando ainda para a importância do estudo dos animais arrojados.

    Deixamos o nosso agradecimento pelo convite e interesse demonstrado ao longo desta breve atividade.

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02.09.2021 | ARROJAL no Terreno #4

    

    No passado dia 24 de agosto de 2021, a equipa do ARROJAL respondeu pela primeira vez ao arrojamento de uma baleia. O animal, com aproximadamente 8 metros, foi encontrado cerca de 1 km a norte da praia da Comporta por elementos do Instituto de Socorro a Náufragos (ISN).

    O animal foi identificado como sendo um macho de baleia-anã (𝐵𝑎𝑙𝑎𝑒𝑛𝑜𝑝𝑡𝑒𝑟𝑎 𝑎𝑐𝑢𝑡𝑜𝑟𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑡𝑎). A baleia-anã é uma espécie de cetáceo com barbas (Mysticeti) de pequenas dimensões frequentemente avistada ao longo da costa de Portugal continental. Os adultos atingem por norma 7 a 10 metros de comprimento, podendo alcançar um peso de 10 toneladas.

    Devido à localização do arrojamento, não foi possível realizar uma observação interna e por isso determinar a causa da morte, no entanto a análise externa permitiu identificar algumas marcas de cabos o que poderá indiciar uma interação com artes de pesca ou lixo marinho.

    A dimensão do animal e o seu estado de decomposição, levaram as entidades envolvidas a optar por enterrar o animal no local.

    Gostaríamos de agradecer à Câmara Municipal de Grândola, bem como à Autoridade Marítima Nacional por toda a articulação, auxílio e trabalho realizado no local que permitiu a recolha do máximo de informação possível e a remoção do animal com a maior brevidade.

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19.08.2021 | ARROJAL no Terreno #3

    

     Durante o passado fim de semana, a equipa do projeto ARROJAL recebeu um alerta por parte da Resgate (Associação de Nadadores Salvadores do Litoral Alentejano) para o arrojamento de um golfinho-comum (𝐷𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑛𝑢𝑠 𝑑𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑠) na Praia do Salto em Porto Covo.

    Devido ao grande número de pessoas na praia foi necessária a rápida remoção do animal. Graças à colaboração do Comando-local da Polícia Marítima de Sines e da Estação Salva-vidas de Vila Nova de Milfontes (Instituto de Socorros a Náufragos - ISN) o animal foi rebocado até ao porto de pesca de Porto Covo tendo sido posteriormente transportado até ao laboratório do ARROJAL onde foi realizada a necropsia.

    Cada arrojamento é diferente e envolve uma resposta adaptada à situação, por isso a forte colaboração de todas as entidades é fundamental.

    Agradecemos a disponibilidade e trabalho realizado pela Autoridade Marítima Nacional em especial ao Comando-local da Polícia Marítima de Sines e à Estação Salva-vidas de Vila Nova de Milfontes (ISN) que permitiram responder ao alerta e recolher o animal de forma eficiente.

    

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19.08.2021 | ARROJAL no Terreno #2

    

    A equipa do ARROJAL respondeu durante o presente mês, pela primeira vez a um alerta de uma Tartaruga-marinha.

    O alerta dado ao fim da manhã, indicava a existência de um animal arrojado no areal, a sul da praia da Raposa (concelho de Grândola).

    Ao chegar ao local a equipa do projeto ARROJAL deparou-se com uma Tartaruga-de-couro (𝐷𝑒𝑟𝑚𝑜𝑐ℎ𝑒𝑙𝑦𝑠 𝑐𝑜𝑟𝑖𝑎𝑐𝑒𝑎) em avançado estado de decomposição.

    Duas espécies de tartarugas marinhas são usualmente avistadas ao longo da costa continental a Tartaruga-comum (𝐶𝑎𝑟𝑒𝑡𝑡𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑒𝑡𝑡𝑎) e a Tartaruga-de-couro (𝐷𝑒𝑟𝑚𝑜𝑐ℎ𝑒𝑙𝑦𝑠 𝑐𝑜𝑟𝑖𝑎𝑐𝑒𝑎). Esta segunda de maiores dimensões e à qual pertencia o indivíduo arrojado, com cerca 1,60m de comprimento. O seu estado de decomposição não permitiu determinar a possível causa da morte.

    

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12.08.2021 | Instalações ARROJAL - Laboratório Monte do Paio

    

    O projeto ARROJAL - Apoio à Rede Nacional de Arrojamentos - Rede Regional Alentejo - conta com um laboratório cedido pelo ICNF (parceiro do projeto) localizado no Centro de Interpretação do Monte do Paio em plena Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha.

    Sempre que o estado de decomposição e/ou o tamanho dos animais arrojados permita o seu transporte pela equipa ARROJAL, estes serão necropsiados no laboratório.

    O laboratório Monte do Paio, está equipado para que se possam realizar necropsias, processar e armazenar amostras recolhidas no âmbito do projeto. Está ainda prevista a sua utilização em atividades de divulgação científica com o objetivo de dar a conhecer o projeto ARROJAL, bem como as espécies de cetáceos e tartarugas-marinhas que ocorrem na nossa costa.

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05.08.2021 | Golfinho-comum recém nascido arroja em Vila Nova de Milfontes

    

     Na passada segunda-feira a equipa do ARROJAL procedeu à necropsia de uma cria de golfinho-comum (𝐷𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑛𝑢𝑠 𝑑𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑠). Esta foi encontrada junto à entrada do estuário do rio Mira em Vila Nova de Milfontes por nadadores salvadores da Seagull Rescue que posteriormente nos alertou.

    O animal, com cerca de 1m de comprimento, ainda possuía restos de cordão umbilical e pêlos na ponta do bico. Quando nascem, os golfinhos apresentam algum pêlos na região superior do bico, os quais caem pouco tempo após o nascimento.

    A necropsia foi realizada com a participação do Dr. Pedro Alcaide, veterinário da Câmara Municipal de Sines. Contudo esta não se revelou conclusiva quanto à causa da morte.

  Gostaríamos de agradecer à Seagull rescue por toda a colaboração, bem como ao Dr. Pedro pela sua participação e conhecimento transmitido.

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29.07.2021 | O que fazer em caso de arrojamento?

    

     Se encontrar um animal arrojado (baleia, golfinho, tartaruga marinha), na orla costeira existem certas atitudes e precauções que devem ser adotadas:

    

    1. Dê o alerta:

    Poderá contactar o número nacional da Rede de Apoio a Mamíferos Marinhos (+351 968 849 101) ou uma das diversas redes regionais dependendo da sua localização (Rede de arrojamentos do Norte (Caminha a Peniche):+351 919 618 705; ARROJAL (Troia a Odeceixe): +351 932 004 615; RAAlg (Odeceixe a Vila Real de Santo António): +351 968 688 233). Este contacto irá permitir alertar equipas qualificadas que procederão à recolha dos dados e registo do arrojamento.

    

    2. Descreva a situação:

    A informação fornecida deverá ser o mais detalhada possível, pois permitirá à equipa ter uma ideia da situação, identificar a espécie e os meios necessários para a resposta. Se possível forneça as coordenadas geográficas da localização e fotografias do arrojamento.

    

    3. Siga as recomendações:

    Siga as instruções dadas, mantenha a calma e evite o contacto com o animal. Tenha sempre presente que para sua segurança a manipulação destes animais deverá apenas ser realizada por equipas qualificadas.

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15.07.2021 | Monitorização no Terreno

 

 

     A vasta área de atuação do projeto ARROJAL (Troia a Odeceixe) apresenta muitos locais de difícil acesso e/ou com pouca visitação,. dDesta forma, o arrojamento de mamíferos e tartarugas marinhos pode ocorrer sem que o alerta seja dado. Desta formaPor isso a equipa do ARROJAL realiza patrulha em troços na sua área de atuação de modo a cobrir áreas menos movimentadas.

    Para além das ações de patrulhamento, a sua ajuda é fundamental para a detecção de animais arrojados. Sempre que encontrar um arrojamento, por favor alerte as autoridades! O contacto do ARROJAL encontra-se disponível 24/7 - +351 93 200 46 15.

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15.07.2021 | Criação da Rede de Contactos ARROJAL

 

 

    Em caso de arrojamento é necessária a articulação e colaboração de uma série de entidades. A criação de contactos diretos permite a prontidão de resposta sempre que um alerta é dado.

    Neste âmbito, temos reunido com diversas entidades, desde capitanias, autarquias, autoridades marítimas e costeiras, associações de nadadores salvadores, entre outras com área de atuação na zona costeira entre Troia e Odeceixe. No passado dia 14 de julho a equipa ARROJAL reuniu com a equipa ICNF - Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV) em Odemira.

    Agradecemos a todas as entidades que se têm mostrado disponíveis para colaborar com o projeto ARROJAL.

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08.07.2021 | Ação de Formação em Necropsias

 

    Na passada sexta-feira dia 2 de julho a equipa do ARROJAL deslocou-se para uma ação de formação em necropsias às instalações da RAAlg na Quinta de Marim, Parque Natural da Ria Formosa em Olhão.

    A formação foi coordenada pela Dra. Ana Marçalo com o apoio da Dra. Maria Casero, veterinária do RIAS (Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens).

    No decorrer do dia foram necropsiados, com o objetivo de determinar as causas de morte, dois golfinhos-comuns (𝐷𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑛𝑢𝑠 𝑑𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑠) e uma tartaruga-comum (𝐶𝑎𝑟𝑒𝑡𝑡𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑒𝑡𝑡𝑎). A causa de morte, associada aos dois cetáceos, foi, em ambos os casos, a captura acidental em redes de pesca. Quanto à tartaruga-comum, não foi possível determinar a causa da morte, embora o bom estado físico do animal e a presença de conteúdo estomacal sugiram uma morte traumática.

    As ações de formação e partilha de conhecimentos entre as diferentes redes regionais de arrojamentos são essenciais para a criação de um padrão de resposta idêntico no âmbito da rede nacional de arrojamentos.

    Queremos agradecer à Dra. Ana Marçalo e a toda à equipa da RAAlg pela excelente formação, boa disposição, conhecimento e experiência transmitidos e também à Dra. Maria Casero que partilhou connosco os seus conhecimentos.

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01.07.2021 | ARROJAL no Terreno #1

 

 

     No passado dia 10 de maio, a equipa do ARROJAL respondeu com sucesso ao primeiro arrojamento morto desde o início da sua atividade. À chegada ao local, a equipa procedeu à identificação da espécie e à recolha de amostras. O animal, que se encontrava no limite norte do concelho de Sines junto à lagoa da Sancha, foi identificado como sendo um golfinho-comum (𝐷𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑛𝑢𝑠 𝑑𝑒𝑙𝑝ℎ𝑖𝑠), apesar do seu avançado estado de decomposição.

    A recolha de dados acerca de mamíferos e répteis marinhos arrojados contribui para um maior conhecimento destas espécies, bem como das suas interações com os seres humanos.

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24.06.2021 | O que é um Arrojamento?

 

 

    Um arrojamento é definido como o encalhamento de espécies marinhas, geralmente baleias, golfinhos ou tartarugas, na praia ou na orla do mar.

    Por norma, os arrojamentos de animais mortos são mais comuns. Contudo, também ocorrem arrojamentos de animais vivos.

    As causas de arrojamentos são muito variáveis, podendo ter origem natural (por exemplo, doenças, parasitas, eventos climáticos) ou antrópica (por exemplo, poluição, colisão com embarcações ou interações com artes de pesca).

    A recolha de dados acerca de mamíferos e répteis marinhos arrojados permite conhecer melhor estas espécies, o seu papel nos ecossistemas e a sua relação com os seres humanos.

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18.06.2021 | Apresentação do Projeto

 

    O projeto “Apoio à Rede Nacional de Arrojamentos ‒ Rede Regional Alentejo (ARROJAL)” resulta de um protocolo de colaboração técnica e financeira entre o Fundo Ambiental, a Universidade de Évora (CIEMAR – Laboratório de Ciências do Mar; MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente) e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

    

São objetivos gerais deste projeto reforçar a Rede Nacional de Arrojamentos através de:

    • Recolha sistemática de informação sobre os padrões de ocorrência e distribuição das principais espécies de mamíferos e répteis marinhos presentes na costa continental portuguesa, tendo em consideração arrojamentos destes animais ocorridos na costa alentejana durante a execução do projeto;

    • Avaliação das principais causas de mortalidade dos animais arrojados;

    • Recolha de amostras biológicas que permitam caracterizar a biologia e ecologia das espécies mais comuns de mamíferos e répteis marinhos, contribuindo para as coleções do banco de tecidos de animais marinhos;

    • Coordenação de respostas eficazes em situações de mortalidades elevadas e o apoio a situações de arrojamentos vivos;

    • Aumento do conhecimento científico e da literacia dos Oceanos através da gestão da informação recolhida e da disseminação de resultados do projeto.

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Entidades
Coordenação:
  • Parceria:
  • Financiamento:
  • Projeto de Apoio à Rede Nacional de Arrojamentos - Rede Regional Alentejo